segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Beije-me

Beije-me antes que a noite acabe,
Antes que eu tenha que ir,
Antes que o sonho chegue ao fim.
Beije-me, quero sentir teus lábios,
Teu braço forte, Protetor.
Quero sentir teu calor,
Teu amor.
Quero sentir esse fogo crescente, ardente.
Arde em mim uma vontade louca de ver-te,
Amar-te.
Beije-me antes,
Antes que a angustia dos dias tortuosos venha nos assolar,
Antes que a beleza fuja do olhar.
Antes de tudo,
Antes que o tempo nos roube a vida,
Antes que o amor se perca na escuridão, e tudo acabe.
Beije-me antes do fim. 

Thays Nunes

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Doce veneno

Doce veneno
Faz-me delirar
Traz-me satisfação,
Faz-me outras doses desejar.
Doce amor não vivido,
Interrompido,
Doce sabor viciante,
Delirante,
Delírio das noites sem fim,
Dos dias sombrios,
Do medo da morte.
Doce veneno maldito
Levou tudo que me restava,
Restos de uma vida solitária,
De dores passadas, inacabadas,
De amores perdidos, esquecidos,
Abandonados na solidão do tempo,
Perdidos no soprar do vento.

Thays nunes

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Solidão

Solidão que me consome,
Faz-me em tantas lágrimas afogar,
Estou quase sem vida,
Privou-me de te amar
Sobrou-me apenas lamentar,
Ou as propostas da morte aceitar.
Em meio a uma tristeza sem fim,
Lamento o findar dos dias,
Dias que se vão como o vento.
Tempo,
Tempo cruel,
Arranca-me as lembranças de nós dois.
Resta a dor do silêncio,
Dor pelo silêncio de sua alma,
Pela frieza no seu olhar,
Por me deixar na solidão a esperar
Um simples quero te amar.




Thays nunes

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lua



Quando olhei a lua esta noite te vi
Te vi banhada em seus raios brilhando numa fantasia
Raios de prata que me mostravam tua beleza
Pensei estar num sonho surreal
Suspeitei de mim mesmo
Poderia ser uma imaginação louca
Será que estou sóbrio
Ou apenas jazindo ébrio
Pelo efeito desse veneno que destilastes
Em minhas veias.
Não quero me afastar dessa sensação
Misto de lucidez e delírio,
Nos momentos de lucidez te imagino em meus braços
Mas quando o delírio vem,perco-te
E só consigo ver dois olhos brilhantes
Que te levam embora
E incapacitado de lutar para evitar tal devaneio
Perco-me no negrume e na escuridão
Desse abismo no qual me lançaste
Talvez morto nesse poço de trevas não possa fazer nada
Então inadvertida e suplicantemente lhe peço
Resgate-me, puxe-me para perto de ti
Viver para os outros não é somente a lei do dever
Como da felicidade também
E meu maior prazer consiste em poder torná-la feliz....


autor: André Fillipe