terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lua



Quando olhei a lua esta noite te vi
Te vi banhada em seus raios brilhando numa fantasia
Raios de prata que me mostravam tua beleza
Pensei estar num sonho surreal
Suspeitei de mim mesmo
Poderia ser uma imaginação louca
Será que estou sóbrio
Ou apenas jazindo ébrio
Pelo efeito desse veneno que destilastes
Em minhas veias.
Não quero me afastar dessa sensação
Misto de lucidez e delírio,
Nos momentos de lucidez te imagino em meus braços
Mas quando o delírio vem,perco-te
E só consigo ver dois olhos brilhantes
Que te levam embora
E incapacitado de lutar para evitar tal devaneio
Perco-me no negrume e na escuridão
Desse abismo no qual me lançaste
Talvez morto nesse poço de trevas não possa fazer nada
Então inadvertida e suplicantemente lhe peço
Resgate-me, puxe-me para perto de ti
Viver para os outros não é somente a lei do dever
Como da felicidade também
E meu maior prazer consiste em poder torná-la feliz....


autor: André Fillipe

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